terça-feira, novembro 07, 2006

As irritações mais irritantes... (perdoem o pleonasmo)

Decidi listar algumas peripécias do quotidiano que têm a capacidade imensa de me irritar e de perder toda e qualquer menção à minha santa paciência.
(e desta vez, a leitura das actualizações do malfadado S.A.V não está incluída)!

Listagem decrescente das maiores irritações:

1º. O multibanco.
Essa máquina ambígua de amor e ódio.
Quando a pessoa que está imediatamente à minha frente no multibanco decide fazer mil e uma operações bancárias, incluindo pagar as contas domésticas que estão em falta (e cortadas) há 6 meses ou mandar dinheiro a todos os familiares que ficaram na Guiné.
Sem dúvida o número 1.

2º. Multibanco II
A propósito, avarias no multibanco anunciadas pelo frase bem conhecida «Dirija-se ao multibanco mais próximo» (quando, ninguém se lembra, que o multibanco mais próximo dista a escassos 1000 quilométros de distância!)

3º. A fila de hipermercado (ou bicha do hiper, como preferirem).
Lei de Murphy aplicada às grandes/médias superfícies.
Quando decido mudar de fila para outra fila muito melhor, claramente mais rápida e, de repente, já instalada na minha nova posição, a (minha) ex-fila desata a acelerar, como se tratasse de uma corrida de 100 metros fazendo lembrar o Francis Obiquello num bom dia.

Destronada recentemente do primeiro lugar porque, agora, à bom português, desisti nas 'vias normais' e corro para a caixa das mulheres grávidas ou de deficientes (em último recurso, com pagamento VISA). Alguém consegue comprovar o contrário?

4º. A fila de supermercado II
Quando a fila que escolho, sem dúvida a mais pequena de todas (ou, quando é a única fila aberta em pleno dia...), 'empanca' algures, seja por que razão for:
Ou a mulher da caixa tem uma lentificação motora acentuada que faz lembrar a capacidade de raciocínio de Bush; ou, o preço que surge marcado na caixa registadora não é aquele que vinha nas prateleiras de supermercado -insiste o homem (e com razão, em 99,999% casos), e é preciso chamar uma das meninas-dos-patins para o tira-teimas (e ela nunca chega...); ou, quando, afinal, a mulher que está minha frente na fila lembrou-se que lhe falta algo e decide ir buscar (e não voltar...); ou pior ainda, o homem que apenas levava 3 coisinhas insignificantes afinal decide levar o supermercado em peso para casa e eu não reparei....

5º. O segundo extra nas chamadas telefónicas, em tarifários pagos ao minuto.
Esta é uma entrada nova na tabela, que só me apercebi quando comecei a pedir a discriminação da duração das chamadas móveis (já por si com tarifários extremamente em conta para o descosido bolso português, à total imagem e semelhança de um povo nórdico.)
Duração das chamadas: X minutos e 1 segundo (não 10, não 23, não 55, mas 01 segundos!) pagos integralmente, contabilizando todos os outros 59.
Bem feito. Quem me manda não ficar mais tempo a falar? Ou menos?

6º. O condutor mais lento do mundo acaba que se posicionar a minha frente, numa estrada de sentido único com apenas uma fila de rodagem e sem conseguir ultrapassar por lado nenhum.
Pior do que isto, só quando eu estou atrasadíssima para a passagem de turno da urgência ou reunião com o director de serviço....
Abram alas!

7º. As escadas rolantes.
Quando as pessoas, em vez de ocuparem a zona mais à direita das escadas rolantes para deixarem simpaticamente as outras pessoas (mais apressadas) passar (a exemplo de qualquer cidade civilizada como Londres, onde inclusive, existem placas alusivas), amontoam-se e ocupam toda a largura e amplitude das escadas rolantes.

8º. Escadas rolantes II
A próposito, quando as escadas rolantes se avariam e temos que fazer uma maratona para descobrir as escadas mais próximas.

9º. Começar a ler o jornal ao contrário, do fim para o ínicio.
Não percebo porque, ainda há, quem continue a insistir nesta prática. Saberão o significado da expressão 'primeira página'?
Pior do que só começar a ler o jornal ao contrário, é começar a ler o jornal ao contrário, do fim para o ínicio e parar obrigatoriamente na necrologia! Nunca percebi o interesse....

10º. Os arrumadores.
Pior, arrumadores a arrumar carros em locais com parquímetros funcionantes
(leia-se, desta vez eles não conseguiram avariá-los. Ou esqueceram-se tal era a moca).
Palavras para quê?
Um super-Rui Rio e seu super-poder-que-extingue-os-arrumadores, precisa-se noutros cantos do país.

11º. As urgências (muito, muito, muito) parvas.
Ao fim do turno de urgência receber doentes triados a verde com 'choques eléctricos na cabeça'.
Não há paciência....
PS: Urgência geral, não psiquiátrica.

12º. As entrevistas telefónicas sobre o grau de satisfação dos clientes sobre um determinado serviço.
Será que não se apercebem da insatisfação gerada por tais questionários?
Pior, quando coincide com a hora do almoço/jantar.
Por favor, deixai-me comer o meu bife em paz.

13º. A nossa programação televisão diversificada e de qualidade superior.
(E bolas, onde é que foram buscar um provedor ex-padre??)
Já ninguém aguenta:
-as saias e as cantorias da Floribella;
-os dilemas e triângulos amorosos dos Morangos (sem açúcar), perpetuados agora pelo novo talk show com os ex-morangos, fazendo relembrar-nos que eles afinal não foram irradiados do mapa e ainda temos de os gramar, mesmo após a sua extinção televisiva;
-os comentários futebolísticos dos comentadores de futebol da TVI (quase igualando o record das 'calinadas' orgulhosamente ostentado pelo Gabriel Alves);
-a repetição da novela Anjo Selvagem após o jornal das 13h, contribuindo para uma percentagem significativa das indigestões pós-prandiais neste país; por outro lado, dá uma lição aos jovens aspirantes a actores (leia-se não morangos) sobre a arte de NÃO representar, através da péssima interpretação de José Carlos Pereira com o seu beicinho em bico...;
(E por falar nisso, alguém sabe quantos anos este senhor demorou a fazer o almejado curso de medicina? Façam as contas... Pista: é do tempo em que ainda se entrava em medicina por transferência de cursos...)


Estou a esquecer-me de algo.

Prometo alargar esta lista.
Sugestões...

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