terça-feira, novembro 14, 2006

Antibióticos: Uso ou Abuso

O Ministério da Saúde lançou a 8 de Novembro, uma campanha de sensibilização para esclarecer a população e os profissionais da área da saúde para o uso correcto dos antibióticos, disponível online neste site.
Inclusive há um teste sobre 'Uso correcto de AB -Você saber usar?»

Portugal está entre os 6 países da Europa que mais consomem antibióticos.

Aproximadamente dois terços de todos os antibióticos de toma oral no mundo, são obtidos sem uma receita médica e inapropriadamente usados para combater doenças como a tuberculose, malária, pneumonia e outras infecções mais usuais das crianças. *
( *The Global Infectious Disease Threat and Its Implications for the United States - NIE 99-17D, January 2000 - John C. Gannon, Chairman, National Intelligence Council)

A prescrição excessiva de antibióticos por parte dos médicos e a venda ilegal de antibióticos sujeitos a receita médica por parte dos farmacêuticos estão na base deste problema. São inúmeras as pressões (e de várias direcções) para a prescrição macissa destes fármacos.

É urgente mentar mentalidades!
Nem sempre os antibióticos são o melhor remédio!!
Em vez de se pensar «Que chatice, estou doente e o médico nem receitou antibiótico», deve-se dizer: «Uff, estou doente e, graças a Deus, nem foi preciso antibiótico!».

Respito: É preciso mudar mentalidades.

Já.

4 comentários:

J.F disse...

Cara Reanimadora
As mentalidades mudam-se:
Primeiro com uma boa aprendizagem, fruto dum bom ensino.
Depois com uma boa prática.
E por fim com uma boa deontologia.

Penso que alguns destes princípios vão rareando nos dias de hoje.

Peliteiro disse...

«A prescrição excessiva de antibióticos por parte dos médicos e a venda ilegal de antibióticos sujeitos a receita médica por parte dos farmacêuticos estão na base deste problema.»

Que dados usou para proferir essa afirmação?

Não concordo. Não me parece que isso aconteça em Portugal. Se acontece é grave e os meus colegas deverão ser duramente penalizados.

edelweiss disse...

Caro Mário de Sá Peliteiro:

Usei o dado mais simples e mais fiável de todos -o conhecimento tácito.

1. Alguns doentes, por vezes, chegam até mim e dizem que já fizeram o o AB X antes de virem ter comigo (porque, por ex, eu não estava disponível naquele momento e/ou tinham muita confiança com o farmacêutico)mesmo sem receita médica.
Uma minoria, mas aconteceu.

2.Eu própria já necessitei do AB X e não ter receita médica no momento e dispensarem-mo.
Sou apenas 1 exemplo, mas aconteceu.

Todos nós sabemos que a boa prática e a ética o condenam mas as pressões da vida real que quer os médicos, quer os farmacêuticos estão sujeitos no dia-a-dia, levam a que estas situações possam ocorrer.

Só unindo AMBAS as classes profissionais, MÉDICOS E FARMACÊUTICOS (que, na minha perspectiva, são classes necessariamente complementares e nunca opostas), é que se conseguirá mudar mentalidades e assim, o rumo das (cada vez maiores e e mais complexas) resistências aos AB

Peliteiro disse...

Entendi. Concordo.
Obrigado pela resposta.