domingo, dezembro 03, 2006

Devem os médicos de família realizar urgências hospitalares??

A tempomedicina relança o debate:

«Trabalho dos médicos de família nas urgências

Opiniões dividem-se
Os especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF) devem ou não trabalhar nas urgências hospitalares? (...).
A participação dos médicos de MGF nas equipas de urgência é uma prática mais ou menos comum em alguns hospitais do País. Contudo, entre os médicos, as opiniões dividem-se quanto ao acerto de uma prática em que clínicos especializados para os cuidados de primeira linha exerçam em ambiente hospitalar. A discussão não é nova, mas numa altura em que são conhecidas soluções no mínimo originais, como o recurso a «tarefeiros» ou a jovens médicos em formação, para colmatar a falta de médicos nas urgências, vale a pena debater o assunto.

José Manuel Silva, presidente do Conselho Regional do Centro (CRC) da Ordem dos Médicos, defende que a formação e experiência dos especialistas em MGF pode ser útil na urgência geral

O secretário-geral do Sindicato Independente dos Médicos (SIM), Carlos Arroz, alega que tal não faz parte do «conteúdo funcional» daquela carreira, vocacionada para os cuidados de saúde primários.
Os representantes da especialidade também
se dividem, mas
tendem a condenar a prática, sobretudo se esta vier a ser obrigatória.»


A minha opinião é muito simples, sem qualquer atenuante complexo a interferir:

Concordo que as urgências hospitalares à priori não fazem parte do 'conteúdo funcional' da carreira da MGF, mas estes colegas deverão voluntariamente poder participar nas urgências hospitalares, caso assim o entendam (e caso haja necessidade de reforços humanos nas equipas médicas hospitalares).

Aliás, estes colegas podem ter extrema utilidade no atendimento dos casos de menor gravidade médica, os chamados 'verdes' e 'azuis' da Triagem de Manchester, que 99,9% das vezes são casos de 'consulta'.

Obrigatoriedade de participação nas urgências hospitalres NUNCA, apenas no internato complementar da especialidade.

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