Chove.
Chove lá fora. Torrencialmente.
Há horas bipolares em que somos príncipes dignos da mais elegante corte, somos majestades num luxoso reino além-mar, somos olho em terra de cegos. Nada nem ninguém nos detém, nos faz parar, nos trava. Somos o momento que fruimos, agora. O prazer momentâneo, já. A euforia transitória, nestes brevíssimos segundos.
Chove lá fora. Viola brutalmente o vidro da janela que me abriga.
Outras horas bipolares há em que nos transformamos em nada, em pó da terra seca e árida, em merda do mais miserável matadouro, em sem-abrigos em terra de betão. Somos o que temos no momento: nada.
Chove lá fora. Agride a terra com a força de um punhal ensanguentado.
Lei do «escorrega»: Depressa subimos mas ainda mais rapidamente descemos.

Chove.
Faz sol.
Chove lá fora. Torrencialmente.
Há horas bipolares em que somos príncipes dignos da mais elegante corte, somos majestades num luxoso reino além-mar, somos olho em terra de cegos. Nada nem ninguém nos detém, nos faz parar, nos trava. Somos o momento que fruimos, agora. O prazer momentâneo, já. A euforia transitória, nestes brevíssimos segundos.
Chove lá fora. Viola brutalmente o vidro da janela que me abriga.
Outras horas bipolares há em que nos transformamos em nada, em pó da terra seca e árida, em merda do mais miserável matadouro, em sem-abrigos em terra de betão. Somos o que temos no momento: nada.
Chove lá fora. Agride a terra com a força de um punhal ensanguentado.
Lei do «escorrega»: Depressa subimos mas ainda mais rapidamente descemos.

Chove.
Faz sol.
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