quarta-feira, maio 23, 2007

Short bus



Shortbus, mais um filme a não perder.
Todos nós temos algo a ver com aqueles personagens tipo, estranhos no principiar do filme e familiares ao cair do pano.
Nenhuma relação, seja de amor, amizade ou simplesmente sexo, é algo estanque, imune a factores adversos. Tem dias bons e menos bons. Mas no fim, são os demónios que a atormentam, que nós dão força para melhorar, corrigir os nossos erros e continuar em frente, transformando-se nos nossos melhores amigos.

Não sei quem é o Nuno Cargaleiro mas gostei do que li no seu Viciado em Cinema.

"Shortbus" assume as várias dimensões das suas personagens, apresentando-os em cenas de sexo explícito, onde a ideia do pornográfico surge de imediato, mas que rapidamente de dilui para um entendimento, por parte do espectador, que aquilo que vê são momentos que cada um de nós pode viver na sua intimidade, sendo por isso natural, e onde o contraste entre as figuras tipo do filme, apesar da sua excentricidade, reproduzem anseios, dúvidas e desejos que são comuns a todo o ser humano
(...)
Shortbus" fez-me rir, emocionar e pensar sobre vários aspectos do quotadiano que tomamos por adquirido e correcto. Como se fossemos uma "personificação" da Alice no País das Maravilhas, todos tendemos em querer olhar para o outro lado do espelho, mas pouco conseguem alcançar nessa viagem a paz da auto-aceitação...
(...)
Pois como diz numa das letras, duma banda sonora cuidada, "e é no fim que percebemos, que os nossos demónios interiores são os nossos melhores amigos"!

Ausência

Ausência.
Estive ausente neste dias que correm, como se necessitasse espaço para fugir de uma realidade que me estrangulava. E tempo.
TEMPO.
Essa medida objectiva e quantificável que rege os nossos dias, e os minutos das nossas horas, e que se torna em algo subjectivo e de limites esfumados se não soubermos o que fazer com ele, como se o objecto relógio deixasse de fazer sentido.
Fará?