quarta-feira, março 07, 2007

CC e a reestruturação da rede de urgências nacional

Reestruturação da rede de urgências:
-Recuo ou cumprimento do prometido?
«O Ministério da Saúde assinou protocolos com algumas das autarquias mais insatisfeitas com a proposta técnica de reestruturação da rede nacional
de serviços de Urgência. Correia de Campos garante que não se trata de uma cedência, mas os médicos não estão convencidos.
O ministro da Saúde, Correia de Campos, rejeita que os entendimentos com os municípios, surgidos na sequência da vaga de protestos que se tem verificado, sejam um recuo ou uma cedência ao poder local e garante que apenas está a cumprir a promessa de que nenhuma localidade ficaria pior servida com a nova rede de Urgências. Mas não é essa a leitura que vários dirigentes do sector fazem dos acontecimentos.
No geral, e tendo em conta os protocolos assinados recentemente, pode verificar-se que, em vários casos, o ministro da Saúde viu-se obrigado a recuar em relação à proposta técnica, mantendo as estruturas de Urgência existentes, ou pelo menos adiando a decisão de as encerrar. Em Macedo de Cavaleiros, Montijo, Fafe e Santo Tirso a tutela acordou em manter os respectivos serviços de Urgência, na qualidade de serviços de Urgência básica (SUB). Cantanhede, Espinho e Vila do Conde são os únicos concelhos (dos que, até ao fecho desta edição, chegaram a acordo com o Ministério de Saúde) que perderam a Urgência, passando a dispor apenas de uma consulta não programada até à meia-noite.
Mas Correia de Campos concedeu «extras» aos municípios. Cuidados continuados, Cirurgia ambulatória e reforço do atendimento pré-hospitalar foram alguns dos «trunfos» usados pelo governante para convencer os autarcas. De facto, os protocolos assinados entre o Ministério da Saúde e as autarquias, disponíveis no Portal da Saúde, propõem alternativas semelhantes. Como disse o ministro aquando do acto de assinatura dos primeiros seis protocolos, a 25 de Fevereiro, o objectivo é substituir o modelo de «hospital de miniatura» pelo modelo de hospital de proximidade, «com respostas bem ajustadas aos problemas dominantes da população que servem».
Na revista TempoMedicina deste mês.
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